ASTROLÁBIA
Encontros de Teatro
em Paredes
Inspirado no instrumento de navegação que lhe dá nome, o Astrolábia convida o público a embarcar num ciclo de apresentações que estimulam a escuta, a partilha e a descoberta — ao mesmo tempo que proporcionam espaço para muita lábia sobre formas de estar e fazer teatro. Em Paredes, o palco transforma-se num espaço de acolhimento e diálogo, onde companhias nacionais partilham criações que refletem a diversidade do panorama teatral, funcionando como um ponto de convergência — à semelhança de quem se orienta pelas estrelas — entre criadores, públicos e territórios.
Nesta primeira edição, os encontros trazem à cena a dramaturgia contemporânea portuguesa, acolhendo espetáculos baseados em textos de novos autores nacionais. As companhias Krisálida, Teatro do Montemuro e Teatro Art’Imagem são convidadas a apresentar criações que dão corpo e voz a esta nova escrita, revelando olhares plurais e enriquecendo o cenário teatral atual.
O Astrolábia – Encontros de Teatro em Paredes procura celebrar a criação artística contemporânea através de propostas que atravessam linguagens, geografias e gerações. A iniciativa reforça o compromisso da Astro Fingido com a descentralização cultural e com a criação de redes entre estruturas independentes. “Esta oportunidade nasceu do desejo de criar um espaço onde o teatro se torna encontro, capaz de transformar perceções, despertar emoções e promover o diálogo entre artistas e território”, afirma o diretor artístico e encenador, Fernando Moreira.
EDIÇÃO #1 - Novos Autores Dramáticos Portugueses

© Luís Valadares
SER PORTUGUÊS DE NORTE A SUL
06 DE SETEMBRO ÀS 21H30
Companhia: Krisálida
Texto: Criação Coletiva
Duração: 50'
Classificação: M/12 anos
Quatro “seres” vagueiam no absurdo, na pantomima e no humor à procura do ambíguo “Ser Português de Norte a Sul”.
Iniciam uma expedição por Portugal onde descobrem que a emigração, a habitação, a saúde e a burocracia, entre outros temas, são questões comuns a todos os portugueses, onde uma tal “Justiça” chega sempre atrasada e as oportunidades e os sonhos nem sempre se concretizam.
Um percurso cómico, talvez retangular, ou não. Sem falar de…porque… Ser português é…
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LÁ
04 DE OUTUBRO ÀS 21H30
Companhia: Teatro Regional da Serra do Montemuro
Texto: José Luís Peixoto
Duração: 70'
Classificação: M/12 anos
Dois homens e uma rapariga querem mais da vida. Do interior para a cidade, nos anos sessenta do século passado, da cidade para o interior, na atualidade, a sua história é uma metáfora das migrações nas últimas décadas e, também, das desigualdades territoriais neste canto da Europa.
© Susana Monteiro

© Nuno Ribeiro
DESUMANIZAÇÃO
08 DE NOVEMBRO ÀS 21H30
Companhia: Teatro Art'Imagem
Texto: Valter Hugo Mãe
Duração: 70'
Classificação: M/14 anos
“Desumanização” é uma versão cénica do romance "A Desumanização”, do consagrado escritor português Valter Hugo Mãe, prémio literário José Saramago, numa dramaturgia de José Pedro Pereira, com direcção e encenação de José Leitão, fundador e director da companhia. Esta é uma história de perda, luto e superação que nos faz questionar acerca dos limites (ou sua transgressão) da humanidade. Numa pequena aldeia abafada pela monumentalidade dos fiordes islandeses, Halldora surge em cena a partir da boca de Deus para nos contar como foi lidar com a morte de Sigridur, sua irmã gémea. Como preencher a metade que se perdeu? Como viver pelas duas? Como ocupar o outro lado do espelho? Halldora diz-nos que “O mundo mostrava a beleza, mas só sabia produzir o horror”. “Desumanização” é Gelo, Terra e Fogo; é o “corpo interior da Islândia”. Esta obra é, segundo o autor, um autêntico cântico de amor à Islândia. A encenação, tal como a obra, vai à Islândia buscar referências para a sua ficção teatral, num olhar “estrangeiro” sobre um país e suas gentes e numa visão artística que confronta os vários olhares de que é feita a vida, entre o real e imaginário.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
DIREÇÃO ARTÍSTICA
Ângela Marques
Fernando Moreira
DESIGN GRÁFICO
Atelier d'Alves
ASSISTENTE DA DIREÇÃO ARTÍSTICA
Jaqueline Figueiredo
PRODUÇÃO
Astro Fingido
FINANCIAMENTO
República Portuguesa
Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes
APOIO
Município de Paredes