Partimos da peça de Brecht (1898-1956) “Sete pecados capitais” (1933), porque nos agradou o desafio lançado pelo autor: como não pecar numa sociedade em que é imperativo desobedecer à moral que nos formou para sermos bem sucedidos?

Em cena Ana 1 e Ana 2 correm o país numa digressão, cujo propósito é ganhar dinheiro para adquirir a casa da família. Se uma é a artista, a idealista, a outra é a pragmática, a produtora que decide o que se deve fazer para atingir o objectivo da viagem. Poucas vezes estão de acordo, mas a idade que as separa faz pensar que, com o tempo, é provável que se aproximem na sua visão do mundo.

Com “DILEMA CAPITAL – 7 pecados na vida inusitada dos artistas” procuramos reflectir sobre a nossa condição de artistas numa sociedade capitalista, reflexão essa que também se volta para nós mesmos. Sem lamentos, com capacidade de auto-análise, assumimos que, apesar das dificuldades, não nos vemos a fazer mais nada.

Queremos continuar a fazer teatro!